SAÚDE DA MULHER
SAÚDE DA MULHER

Saúde da mulher: exames e cuidados

 
 

O segredo é nunca descuidar da saúde. Fazer exames deve se tornar um hábito, além de buscar a qualidade de vida.

 

Para garantir seu bem-estar e saúde, a mulher deve, além de criar hábitos saudáveis, se preocupar menos. É o que diz a Dra. Ritamaris de Arruda Regis Borges, especialista em diagnóstico por imagens do Lavoisier Medicina Diagnóstica/DASA. "O mais importante é criar hábitos saudáveis, como ter uma alimentação balanceada, dormir bem, fazer atividades físicas e evitar o excesso de preocupação. Estar excessivamente preocupada gera estresse, o que pode desencadear uma série de patologias, que vão de doenças inflamatórias até tumores”, explica.

Beber em excesso, usar drogas, fumar, ter maus hábitos alimentares, vida sedentária e comportamento sexual de risco são fatores que contribuem para o surgimento de doenças, além da genética. "A história familiar da paciente também deve ser levada muito em conta. Por exemplo, em uma família onde a mãe já sofreu de câncer de mama, as filhas têm um risco aumentado de desenvolver a doença também", diz a Dra. Ritamaris.

Além disso, a prevenção é extremamente necessária. Exames como o papanicolau, que previne o câncer de colo uterino, o ultrassom pélvico ou o transvaginal, que avalia o útero e o ovário, além da mamografia, indicada para mulheres acima dos 40 anos, são imprescindíveis. As mulheres que já passaram pela menopausa também devem fazer o exame de densitometria óssea, para avaliar o grau de perda de massa óssea e indicar uma possível osteoporose. “Mesmo não tendo nenhum sintoma aparente, é importante que as mulheres realizem exames ginecológicos anuais. Não há uma idade específica para começar a rotina de ir ao ginecologista anualmente. Mas a indicação é que a partir da hora que comece a ter uma vida sexual ativa a paciente passe a ir ao consultório médico com mais frequência”, afirma Dra. Ritamaris

 

 

 

Disfunção do desejo sexual feminino

 
 

Não é comum as mulheres identificarem a inibição do desejo como uma dificuldade. Conheça os motivos que levam à disfunção sexual.

O que é a disfunção do desejo sexual feminino?

O modelo tradicional de sexualidade humana divide a resposta sexual em quatro fases:

 

- desejo (fantasias sexuais e desejo por atividade sexual);

- excitação (sensação de prazer sexual, acompanhada de mudanças fisiológicas);

- orgasmo (clímax do prazer sexual);

- resolução (bem-estar e relaxamento muscular) (DSM-IV-TR).

 

Evidências clínicas demonstraram limitações importantes desse modelo, que não diferencia a sexualidade masculina da feminina. Ao final da década de 1990, Rosemary Basson, psiquiatra canadense, pesquisadora do Centro de Sexualidade da British Columbia University, acrescentou ao modelo tradicional aspectos relacionados à subjetividade da mulher. Mais do que um impulso biológico, esse modelo valoriza o desejo por intimidade como motivação para a atividade sexual.

Considerando a importância para a mulher de aspectos mais subjetivos, ligados a condições psicossociais, culturais e relacionais, a desordem do desejo ou interesse sexual hipoativo é diagnosticada pela ausência ou diminuição do interesse ou desejo sexual, de pensamentos ou fantasias sexuais, estando também diminuída ou ausente a motivação para tornar-se sexualmente excitada.

 

Quais os tipos de disfunção?

A disfunção sexual é prevalente para os dois sexos e compromete a qualidade de vida, sendo a falta de interesse/desejo e excitação sexual as maiores queixas femininas em todas as faixas etárias. A inibição do desejo envolve aspectos biológicos, principalmente na transição da menopausa, quando ocorrem alterações hormonais. Porém, os estudos têm demonstrado a importância da sua disposição e motivação para o sexo, além da influência de fatores emocionais, ambientais e aqueles relativos ao relacionamento do casal. Por exemplo, mulheres que sentem dor à penetração, nos casos em que o casal não busca outras alternativas de relacionamento, gradualmente vão apresentando uma diminuição do desejo, em decorrência da expectativa de desconforto.

Principalmente em relacionamentos de longa duração, é muito importante que o casal facilite a criação de momentos de proximidade, em que os dois se aqueçam para a atividade sexual, criando o locus para a experiência compartilhada.

 

Quais as causas?

Hoje, é consenso entre os especialistas da área que aspectos subjetivos, relacionados principalmente à própria mobilização para o sexo e ao contexto criado pelos parceiros, são de fundamental importância para a maioria das mulheres. A experiência sexual pode começar sem motivação sexual suficiente, apenas com o desejo por maior proximidade, envolvimento, compartilhamento, carinho, além de outras razões de caráter não sexual.

Nessas condições, a mulher estará mais disponível para buscar condições favoráveis, como o diálogo, a música, o erotismo escrito ou visual, ou a estimulação física direta, desencadeando a excitação.

Além desses aspectos mais subjetivos, as disfunções sexuais femininas podem ser desencadeadas também por fatores orgânicos, como doenças crônicas, por fatores psiquiátricos ou psicológicos e também por dificuldades relacionadas a abuso sexual, dificuldades conjugais, experiências familiares difíceis ou até mesmo pela diminuição da renda familiar, confirmando o impacto de aspectos mais subjetivos na sexualidade feminina.

 

Quais os sintomas?

Nem sempre a mulher identifica a inibição do desejo como uma dificuldade, atribuindo a outros fatores a diminuição da atividade sexual do casal. No entanto, como hoje é consenso que a vida sexual é um elemento importante para o bem estar geral do ser humano, recomenda-se que os profissionais de saúde pesquisem essas dificuldades.

 

Como é feito o diagnóstico?

Além de uma avaliação médica tradicional, tem sido recomendada uma avaliação multidisciplinar, em que aspectos psicológicos, sócio-culturais e relacionais sejam considerados.

 

Qual o tratamento?

Recomenda-se tratamento médico quando há um comprometimento orgânico comprovado.

Havendo histórico ou indícios de comprometimento emocional, conflitos relacionais do casal ou disfunção sexual do parceiro, é preconizado uma avaliação psicossocial para eventual tratamento psicológico.

O atendimento psicológico é recomendado para aquelas mulheres com histórico de abuso ou violência sexual, com pouca energia e vitalidade, com a auto-imagem e o vínculo conjugal comprometidos, com fantasias relacionadas ao descontrole, com ansiedade excessiva e com pouca flexibilidade para adaptação às alterações decorrentes do envelhecimento ou de sintomas próprios de doenças crônicas ou cirurgias mais sérias.

 

 

Ciclo menstrual: você sabe como funciona?

 
 

O ciclo menstrual existe para a reprodução da espécie, que para a mulher vai dos 12 aos 49 anos, em média. O processo se inicia no hipotálamo, um setor cerebral que regula as glândulas e as emoções. Ele libera hormônios que fazem com que a hipófise produza hormônios estimuladores glandulares, um deles para o ovário, onde milhões de óvulos estão armazenados em formas imaturas nos folículos. Com esse estímulo, vários desses folículos começam um processo de amadurecimento que produz os hormônios chamados estrogênios, que têm várias ações no corpo feminino.

Eles promovem o crescimento das mamas, depósitos de gorduras e crescimento de pelos em lugares específicos, e especialmente o crescimento de camadas no endométrio, a membrana que recobre a cavidade uterina. 14 dias depois, o hipotálamo reconhece o trabalho do ovário e libera outro hormônio, que faz com que o folículo mais amadurecido se rompa e libere o óvulo, pronto para se encontrar com um espermatozoide e gerar uma nova vida, que vai se aninhar e nutrir-se das camadas do endométrio. Nessa fase o ovário produz o hormônio progesterona. Se a fecundação não acontece, 14 dias depois esse endométrio é expelido, para ser novamente reconstituído no ciclo seguinte.

A fase fértil da mulher se calcula através do dia da ovulação, que em mulheres com ciclos regulares de 28 dias se dá no 14º dia do ciclo, contado do primeiro dia da menstruação. Calculado esse dia, dá-se uma margem de segurança, podendo ser contado do dia 9 ao dia 18 do ciclo.

 

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Ilustração: Kauê T. Freitas

 

A TPM acontece no período após a ovulação até o começo da menstruação, mas geralmente é mais forte na véspera do início do fluxo. Pode ser diferente em algumas mulheres, mas é sempre na segunda fase do ciclo, a partir do 14º dia. Algumas vezes dá só sintomas físicos, como inchaço e dor de cabeça, mas geralmente dá também sintomas psíquicos, com queda da autoestima e dificuldade de aceitar frustrações.

A pílula anticoncepcional fornece os hormônios que o ovário faz, quando estimulado pela hipófise. Como já estão prontos, o ovário não amadurece óvulos, dos quais um seria lançado na trompa no 14º dia do ciclo, apto a ser fecundado por um espermatozoide que ali se encontrasse.

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